A falta de produtos nas gôndolas dos supermercados aumentou em setembro deste ano, segundo dados da empresa de monitoramento NeoGrid. A porcentagem de vezes em que o consumidor não encontrou o produto que procurava chegou a 3,2% , saindo de 2 68% em agosto. O porcentual da chamada ruptura de estoque é o maior desde outubro do ano passado. De acordo com a pesquisa, em 43,21% dos casos o que gerou a falta de produto nas prateleiras foram problemas logísticos. Esse tipo de problema tem sido destacado por empresários do setor como uma consequência de negociações mais demoradas entre varejistas e fornecedores. Isso ocorre diante da dificuldade de negociar preços em meio à forte volatilidade nos custos, provocada entre outras coisas pelo impacto do câmbio. “O varejo continua receoso, comprando menos, com medo de que a mercadoria fique encalhada na gôndola”, disse em nota Robson Munhoz, diretor de relacionamento, varejo e indústria da NeoGrid.