DOCUMENTOS APREENDIDOS PELA PF REFORÇAM SUSPEITA CONTRA CUNHA
Documentos achados pela Operação Lava-Jato na casa de Altair Alves Pinto, apontado como braço-direito do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), revelam que duas empresas de sua família forneceram mármores para a concessionária Porto Novo, responsável pela execução do projeto de revitalização do porto do Rio. A descoberta reforça as suspeitas da ligação de Cunha com o empreendimento. O deputado teria cobrado propina em 36 prestações para liberar financiamento da Caixa Econômica Federal para as obras, executadas pelo consórcio composto por OAS, Odebrecht e Carioca Engenharia. A equipe da Lava-Jato encontrou dois pedidos de fornecimento de mármore feitos pela Porto Novo. O primeiro, no valor de R$ 91 mil, é endereçado à Guarujá Mármores e Granitos. A empresa pertence a Marilene Porcari Alves e a Danielle Porcari Alves, respectivamente mulher e filha de Altair.O segundo, em torno de R$ 500 mil, foi feito à APMP Exploração, Beneficiamento, Venda, Exportação e Importação de Rochas, nome de fantasia Indústria Aladim, cujos sócios são o próprio Altair e outra filha, Camille Porcari Alves. As duas empresas funcionam no mesmo endereço, na Fazenda Portal do Guaruja s/n, Muqui, município capixaba a 174 quilômetros de Vitória. Informações do jornal O Globo.