Júlia e Fernanda passam por cirurgia de separação, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera) |
Procedimento começou às 9h15 e deve levar pelo menos oito horas.
Irmãs são unidas pelo tórax e abdômen e compartilham membrana do coração.
As gêmeas siamesas baianas Júlia e Fernanda Neves, de 5 meses, passam por uma cirurgia de separação na manhã desta quarta-feira (13), no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. Unidas pelo tórax e abdômen, elas compartilham o fígado e uma membrana do coração.
Segundo a assessoria de imprensa do HMI, as gêmeas entraram no centro cirúrgico por volta das 8h20 e a operação começou às 9h15. A expectativa é que o procedimento leve pelo menos oito horas.
Cerca de 15 profissionais, entre cirurgiões pediátricos, anestesistas, ortopedistas, médicos intensivistas, cirurgiões plásticos, cirurgiões vasculares, pediatras, enfermeiros, cardiologista, entre outros, estão envolvidos.
As siamesas nasceram em Itamaraju, no interior da Bahia. Por conta da condição delas, os pais, Valdenir Neves e Lindalva Nascimento de Jesus, decidiram seguir para a capital goiana, em agosto do ano passado, para obter a cirurgia de separação. Desde então, elas aguardavam na Casa do Interior e, na última segunda-feira (11), as meninas foram internadas no HMI para iniciar o preparo.
Segundo o pai, decidir pela separação não foi fácil. "A gente ficava pensando, a mãe não queria no começo, mas é o jeito fazer. Então espero que dê tudo certo e Deus nos ajude", disse Valdenir.
Ele destacou que está otimista. "Estou confiante e espero que a gente possa ir embora daqui com as duas separadas", disse.
"Complexa sempre é, pois uma cirurgia dessas é considerada de grande porte. Mas já temos uma equipe muito experiente, principalmente nesse tipo de união, então entramos com mais segurança", destacou o Calil.
Conforme o médico, o caso de Júlia e Fernanda é mais similar à situação enfrentada pelas irmãs Maria Clara e Maria Eduarda, que foram operadas em setembro de 2015. Elas também eram unidas pelo abdômen e compartilhavam fígado e uma membrana do coração.
G1