INCRA CALCULA DANO DE R$ 1 MILHÃO APÓS OCUPAÇÃO DE SEDE
Após ter sua sede ocupada durante quatro dias por integrantes da Frente Nacional de Lutas (FNL), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em São Paulo, contabilizou um prejuízo de R$ 1 milhão causado por danificação de patrimônio público.A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a extensão dos danos, bem como para identificar os responsáveis pelos ilícitos cometidos durante a ação. O instituto, desocupado anteontem, aguarda a conclusão do inquérito para tomar medidas visando o ressarcimento do patrimônio público. Ainda segundo o órgão, a direção do movimento encaminhou uma pauta nacional de obtenção de terras para criação de assentamentos nos Estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal, que está sob análise do Incra. O líder da FNL, José Rainha Júnior, foi procurado por telefone e e-mail, mas não deu retorno. De acordo com outras lideranças, ele não participou da ocupação em São Paulo porque estava em Brasília, discutindo a pauta de reivindicações com o Incra nacional. Durante as negociações, Rainha Júnior divulgou nota cobrando a destinação de áreas para assentamentos. “Se o Incra não faz justiça, sobrou para os movimentos fazer com que se cumpra a Constituição”, escreveu. Na ocasião, ele defendeu a desapropriação de áreas que foram objeto de lavagem de dinheiro e criticou a corrupção no País. Segundo a nota do Sindicato dos Servidores Federais de São Paulo (Sindesf-SP), foi constatado furto de computadores, impressoras de GPS e outros instrumentos de trabalho. “Toda a frota de carros encontra-se danificada, os fios de telefones e de rede (internet) foram cortados. Nem mesmo os extintores de incêndio foram poupados durante a ação”, diz o texto