A Assembleia Legislativa de Minas Gerais negou nesta terça-feira 22, título de cidadão honorário ao juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na 1ª instância, em Curitiba. O requerimento foi apresentado pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT) na Comissão de Segurança Pública da Casa, que conta com cinco integrantes e foi negado por três votos a dois. Além de Rodrigues, apoiou a homenagem o deputado João Leite (PSDB). Foram contra a concessão do títulos os parlamentares Durval Ângelo (PT), Cristiano Silveira (PT) e João Alberto (PMDB), todos da base do governador Fernando Pimentel (PT) na Casa. Na justificativa do pedido, Sargento Rodrigues, que é presidente da comissão, afirmou que a homenagem seria em função da atuação do juiz em “operações que buscam o enfrentamento de crimes contra a Nação”. Em resposta, a Comissão de Direitos Humanos, que é presidida por Cristiano Silveira, aprovou nesta quarta-feira, 23, manifestação de repúdio a Sérgio Moro “em razão das gravíssimas irregularidades cometidas pelo magistrado no processo da Operação Lava Jato, com a divulgação das gravações telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff para a Rede Globo de Televisão”. “E a interceptação realizada fora do horário determinado para seu fim expondo a presidente da República a perigo de lesão, em afronta inclusive ao artigo 1o, III, da Lei número 7.170/83 – Lei de Segurança Nacional”.