DEPUTADOS DO PT E DO PCdoB ENTREGAM REPRESENTAÇÃO CONTRA JUIZ MORO NO CNJ
Deputados do PT e do PCdoB entregaram nesta sexta-feira uma representação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar possíveis infrações cometidas pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. Os principais questionamentos do grupo são interceptações telefônicas que poderiam ser consideradas ilegais, como a da presidente da República, de ministros, senadores e de um escritório de advocacia. Os parlamentares denunciam violação do sigilo na comunicação profissional entre advogado e cliente, por causa da interceptação telefônica do escritório de advocacia Teixeira, Martins & Advogados, que alcançou 25 advogados e cerca de 300 clientes. Segundo Paulo Pimenta (PT-RS), um dos autores do requerimento, Moro foi alertado por ofício diversas vezes pelas companhias telefônicas sobre os alvos dos grampos, mas manteve a decisão. “O Ministério Público Federal e o Poder Judiciário tinham acesso aos processos de defesa que estavam sendo construídos. Nem na ditadura militar no Brasil, nem nos períodos mais autoritários, nós tivemos episódios aonde escritórios de advocacia foram grampeados de maneira ilegal.” Dessa forma, segundo o deputado, a justiça trabalhou no sentido de desconstituir o trabalho elaborado pela defesa. “Isso é muito grave”, disse.