Mais de 70 candidatos com patente militar foram eleitos em todo o país

Major Olímpio foi eleito senador em São Paulo - Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados

Pelo menos 8% dos 961 candidatos militares que disputaram as eleições deste domingo (7) conseguiram ser eleitos. Impulsionados por temas como a segurança pública e o combate à corrupção, esses candidatos acabaram se destacando em todos os estados e para todos os cargos em disputa, a começar pela Presidência da República, que será definida em segundo turno entre o capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PSL) e o professor Fernando Haddad (PT).

Regional e estadualmente, o cenário tende a confirmar nomes com patentes em registros eleitorais. Três estados vão eleger, em segundo turno, o novo governador com pelo menos um militar na disputa. No Rio de Janeiro, um resultado inesperado colocou o ex-fuzileiro naval Wilson Witzel (PSC), um novato na política, na disputa com o ex-deputado e ex-prefeito da capital Eduardo Paes, que concorre pelo DEM. Também há militares entre os nomes que concorrem ao governo de Rondônia e de Santa Catarina.

Ao todo, em um levantamento que considera apenas os que se declararam militares, é possível apontar pelo menos 79 nomes confirmados também para cadeiras no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas. Entre estes, já estão asseguradas duas vagas no Senado e 22 na Câmara. Nos estados, o número passa de 60 parlamentares.


Nordeste



Sergipe e Rio Grande do Norte elegeram, cada estado, um nome com patente militar para ocupar assentos no Senado. O mais votado pelos sergipanos foi o Delegado Alessandro Vieira (Rede). Também da Rede, o Capitão Styvenson ficou no topo da lista no Rio Grande do Norte, com 7456,8 mil votos. Os dois estados também escolheram militares para as respectivas Assembleias Legislativas, um em cada.

No Piauí, Capitão Fábio Abreu (PR) é o único deputado federal com patente entre os eleitos. Entre os estaduais com esse perfil, há ainda nomes no Ceará (dois), Piauí (um), Bahia (dois), Paraíba (um), Pernambuco (dois) e Alagoas (um). Apenas o Maranhão não elegeu candidatos declarados militares.


Edição: Nádia Franco

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