Ele disse que vai conversar com Ciro, Marina, Alckmin e Meirelles
Em viagem a Curitiba, Haddad destacou que combaterá o neoliberalismo, uma das bandeiras defendidas pelo adversário Jair Bolsonaro (PSL).
"O retorno do neoliberalismo vai agravar a crise e vamos seguir um modelo que não deu certo na Argentina”, disse Haddad em entrevista coletiva, após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há seis meses na Superintendência da Polícia Federal (PF).
Haddad reiterou ainda sua disposição de buscar apoio em "forças democráticas" representadas por candidaturas derrotadas no primeiro turno. Ele citou nomes de "alta respeitabilidade", embora com divergências, os candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB).
Economia
Haddad afirmou que o modelo econômico é que vai nortear esse 20 dias até o segundo turno. De acordo com ele, o modelo apresentado pelo PT é baseado na “restauração social” e nas “forças democráticas de direito”. Para o petista, outra divergência é em relação a eventuais mudanças na legislação trabalhista.
O candidato não apresentou em detalhes como será executada a série de medidas conforme as premissas que guiam seu plano de governo. Segundo ele, todas as propostas serão discutidas e debatidas publicamente.
Política
Questionado sobre a possibilidade de ser instaurada uma Assembleia Constituinte, Haddad afirmou que discutir o assunto ao lado dos canidatos à Presidência Guilherme Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT), "Falei durante o primeiro turno que a nossa questão de reformar a Constituição [Federal] é muito importante, justamente, em função da reforma bancária, da reforma tributária e da reforma política. Não há como fazer isso sem reforma constitucional."
O candidato acrescentou ainda que está disposto a debater com Bolsonaro. "Só tive 20 dias de campanha, ao contrário de todos os candidatos, que há anos em campanha", afirmou. "Pretendo ir a todos os debates. Fui a todas as sabatinas para as quais fui convidado", acrescentou Haddad, ao informar que pretende apresentar suas propostas sobre segurança pública ampliando os poderes da Polícia Federal.