Parque Vida Cerrado completa 17 anos de atuação na conservação do 2º maior bioma do Brasil

Imagem aérea do Parque Vida Cerrado

O Parque Vida Cerrado é o primeiro e único centro de educação socioambiental do Oeste da Bahia. Neste mês ele completa 17 anos de atuação na conservação integrada da fauna, flora e da comunidade, por meio da manutenção de oito espécies do Cerrado, sendo cinco delas ameaçadas de extinção, assim como na produção e distribuição de sementes e mudas de plantas nativas da região e ações de Educação socioambiental para toda a comunidade. A instituição segue seu compromisso de proteção à biodiversidade do Cerrado, que é o 2º maior bioma do país.

Até o momento, o Parque já contribuiu para a restauração de mais de 135 hectares, área equivalente a 135 campos de futebol, além da produção e distribuição de mais de 200 mil mudas nativas. Por ser um criadouro, o local ainda abriga 28 animais. Alguns deles foram recebidos pelo Parque após operações de resgate realizados pelos órgãos competentes, ou vieram de outras instituições, enquanto outros nasceram no local. Dentre os animais que habitam o espaço estão o lobo-guará (símbolo do Cerrado), a arara-azul, a ema, o tamanduá-bandeira, o bugio e o cervo- do-pantanal.

“Instituições de fauna são extremamente importantes para assegurar a manutenção de populações autossustentáveis, geneticamente representativas e demograficamente estáveis quando em consonância com os Planos de conservação de espécies nacionais e internacionais”, informa Gabrielle Rosa, coordenadora do Parque Vida Cerrado. “Somados aos esforços de restauração e sensibilização da sociedade para a importância ecossistêmica das áreas naturais, podemos contribuir para a não extinção das espécies”, explica.

O Parque iniciou seus trabalhos com projetos de conservação ex sito, que é estratégia de conservação fora do habitat natural de ocorrência, e com os anos e o amadurecimento dos projetos, em 2020 passou a realizar projetos in sito sendo um marco para a região com o fortalecimento da cadeia da restauração, ampliação da rede de parceiros, monitoramento de fauna em Reservas Legais e Áreas de preservação permanente de fazendas. Todo esse trabalho culminou na possibilidade de realizar em parceria com o ICMBio um projeto de reabilitação e soltura de lobos-guará em áreas agrícola do oeste da Bahia. A soltura completou um ano em maio e a fêmea já se reproduziu na natureza,

Outro importante marco com a espécie para esse ano foi o primeiro nascimento duplo de duas fêmeas de lobos-guará, batizadas como Bergamota e Tangerina, nascidas a partir de uma gestação de sucesso no criadouro.


Foto: Rogério Cunha de Paula

Casa de Sementes

Mantendo o foco na restauração ecológica da paisagem do oeste da Bahia, o Parque Vida Cerrado vem agregando parceiros para o fortalecimento e crescimento da cadeia da restauração, em especial na formação de coletores de sementes insumo fundamental para a escalada da restauração. Esse ano foi possível entregar a primeira casa de sementes no Assentamento Rio de Ondas, a Casa Jatobá, localizada em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. O espaço é dedicado à conservação de sementes do Cerrado e à formação de novos coletores, contribuindo com a promoção da biodiversidade da região. Em parceria com a Rede de Coletores de Sementes do oeste da Bahia, o Parque tem como objetivo escalonar a restauração ecológica para 400 hectares em 2023/2024.

Sobre o Parque Vida Cerrado

Fundado em 2006, como resultado de uma iniciativa do Grupo Galvani – sua principal mantenedora atualmente, o Parque Vida Cerrado é o primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental do Oeste baiano. Localizado entre os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, mantém um criadouro científico para fins de conservação de animais silvestres, um Centro de Excelência em Restauração com ampla expertise no bioma Cerrado e um núcleo para realização de projetos e atividades socioambientais. Em 17 anos de atuação, envolveu mais de 30 mil pessoas em suas ações, distribuiu milhares de mudas para reflorestamento urbano e rural, capacitou centenas de coletores de sementes nos assentamentos e reproduziu, com sucesso, mais de 40 animais silvestres. O Parque Vida Cerrado conta ainda com o apoio de parceiros como BrasiTrans, Mauricéa alimentos, Hotel Solar Rio de Pedras, Sementes Oilema, Condomínio Irmãos Gatto Agro, Condomínio Santa Carmem, ADM, Nuvven e Cargill, Ministério Publico da Bahia, JCO, AvantiAgro e Synagro.